Dissertando acerca de EEPAA (5)Respondemos "sou a própria" ou "sou a batukada" (ou "sou a
Carla" ou "sou o Alberto Inácio" – dá para todos os nomes) quando nos perguntam "é possível falar com a batukada?" ou "passa-me à batukada, por favor?" ou "a batukada está?". Que é como quem abrevia "
pode sim, é claro que pode, sou eu que estou deste lado e tudo, eu é que sou a batukada, a própria" ou "
está, sim, é claro que está; está de tal forma que nem imagina: eu é que sou a batukada, a própria". Seria errado responder "
*pode sim, é claro que pode,
é eu que estou deste lado,
eu é que é a batukada". E, portanto, "é a batukada" (abreviatura, ou coisa que o valha, desta traquitana toda), como resposta às perguntas atrás descritas, não parece ser muito correcto.
Ao mal-educado "quem fala?" devemos sempre ripostar com um delicado "com quem deseja falar?". Assim acabam-se os problemas. Se nos respondem "com a batukada", logo lhe transmitimos um valente "sou eu" ou "sou a própria", que é como quem abrevia "eu é que sou a batukada" e por aí fora. O que vai dar precisamente ao mesmo: a
Charlotte está mais que certa quando acusa o erro, e o Alberto Inácio teria fortes probablidades.
Significa, pois, que não precisamos de utilizar terceiras pessoas do singular para falar de nós próprios. É feínho e tresanda a Mário Jardel.
Espero ter ajudado, sempre com a ressalva de que posso não ter estado atenta a um outro pormenor científico.