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Eu não tenho memória. O que me entristece sobremaneira, como estará já o cuidado leitor a pressupor. E, como se sabe, uma pessoa triste - com muita tristeza dentro dela, digamos - não deveria ter um blogue onde escrever. Mas enfim. Ora, o facto de não ter memória leva-me directamente para outro
inner-facto
of my own que é o de não ter idade. Para absolutamente quase nada, inclusivamente para não ter memória, que é uma coisa que me entristece sobremaneira, e uma pessoa triste... já se sabe. Bom, isto tudo para tentar justificar a minha ausência de manias. Isto é uma coisa que tem de ser justificada, peço imensa desculpa, porque é uma coisa muito triste. Derivará, provavelmente, do facto de não ter memória, mas a verdade é que não tenho manias. Zero. Rien. Niente. Ter a mania de que tenho uma esperteza dentro de mim acima da média, de que tenho imensa piada, de que a música que eu oiço é que é a boa, de que ninguém faz um
crumble de maçã tão bom quanto o meu e de que o Incógnito é o único sítio para onde se pode sair nesta cidade são daquelas clássicas, que a pessoa manda para o ar, impossíveis de se considerarem manias, até. Por tudo isto, minhas queridas
Tata,
Cat e
Polly, é com muita tristeza que vos comunico, em primeiríssima mão, que eu sou uma pessoa sem manias. Provavelmente, nem merecerei viver por isto, pressinto-o. Mas é tudo quanto vos posso adiantar. O meu sincero pedido de desculpas.