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Estava eu a tentar responder a esta pergunta que o blogger me fez há umas horas, quando me lembrei de que ainda não comentei o concerto dos Interpol da semana passada. Eu adoro comentar concertos porque adoro música, não é. E, desde a semana passada, desprezo profundamente todos aqueles que não gostam de música. Profundamente. O que reafirma a minha posição enquanto humanista. Digo desde a semana passada porque até à semana passada não sabia sequer que havia gente que não gostava de música. O que é isto de não se gostar de música, onde é que já chegámos?! Pois posso dizer que existem, e eu conheço uma, que me deu esta brilhante notícia enquanto eu almoçava. "Eu não gosto de música"; "...."; "Não gosto, faz-me confusão". Uma confusão naquelas trombas bexigosas era pouco.
Bom, aposto que os Interpol não foram ver o Rufinho Wainwright. Ainda assim, souberam dar um concerto fixe, ali certinho. Parecia que estava no Incógnito. A diferença é que no Incógnito é sempre uma emoção ouvi-los e não preciso de ir tão longe para ir buscar cerveja. Não tocaram mais uma vez a Next Exit, o que me chocou. Acrescento ainda que é sempre um prazer poder observar o Daniel Kessler em palco, a verdadeira alma dos Interpol. E só por isso – só por isso, só por isso – valeu a pena.