. Dois mil e seis foi um ano por um lado mau para a minha pessoa. Bom, entre outros e principalmente, foi o ano que viu morrer a minha gata, Jaqueline Kennedy II, com 12 anos de existência (foi muito cedo, pá; contava com o animal por mais uns 40 anos); foi o ano em que mais trabalhei – o que é bom, mas, no meu caso provocou-me cegueira, e não se pode; foi o ano que não me viu acabar a puta da t***; foi o ano em que mais negligenciei os meus amigos; foi o ano em que mais me autonegligenciei; foi o ano em que negligenciei o mundo em geral; foi o ano em que deixei para trás as minhas raízes de suburbana. Por outro lado, foi um ano bom para a minha pessoa: foi o ano que me viu matar o meu primeiro pombo; foi o ano em que deixei de gramar com as bichas na ponte; foi o ano em que aprendi a fazer o risoto de lima do chalabi red (eternamente agradecida); foi o ano em que assegurei lugar no concerto dos Nine Inch Nails; foi o ano em que fiz férias de Verão no Inverno; foi o ano em que mais trabalhei; foi o ano em que me amancebei, o que é muito lindo, digamos.
Sumulando, nem sei que diga, nem que faça. Apetece-me é continuar.