ou Contributo para o Direccionamento das Energias da ASAE para Assuntos Realmente Prementes
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(Desculpem, queridas amigas não católicas que se casaram pela igreja católica, mas tem de ser. mwhahahahaha!) Deflagra nas pessoas da minha geração, algumas delas minhas amigas, um fenómeno jean-jacques: o casamento na igreja católica pela gireza inerente à coisa. Não pela religiosidade, não pelo sacramento em si, não pela fé. Por ser giro (como se sabe, as igrejas têm sempre aqueles pé-direitos gigantes, aquelas figuras barrocas e uma boa acústica para o quarteto de cordas). Ainda que não compreenda a necessidade da religião nem compreenda a religião em si porque, men, nunca tive uma, e ainda que nunca tenha seguido rituais religiosos, e, inclusivamente, nunca nada, sinto-me, contudo, compelida a imaginar que existe uma certa gravidade e uma falta de respeito gigante em anuir ou vestir a pele de um culto só porque… é giro. Portanto, responsáveis pela catolicidade de todo o país, não pensem que assim angariam crentes, angariam é problemas (imaginemos) e mentalizem-se de que chegou a altura de contratarem a ASAE para acabar com esta libertinagem espiritual. É isto mesmo: este fenómeno tem de ser travado e os casamentos controlados, e nada melhor que uma entidade como a ASAE para o fazer.
A ASAE, com licença, criaria o Departamento para o Controlo da Religiosidade e o controlador responsável pelo mesmo trataria de designar agentes para as várias paróquias que controlariam os casamentos religiosos. Proponho, então, as cinco linhas de acção de seguida indicadas que deverão ser efectivadas aquando da chegada de um casal à igreja dizendo “senhor padre, queremos casar aqui”.
1. O senhor padre pediria para o casal aguardar e iria ao quartinho dos fundos ligar para o agente da ASAE designado para aquela paróquia informando-o do sucedido.
2. O senhor agente deslocar-se-ia à igreja e a partir daí suceder-se-iam coisas, como as que se listam de seguida.
3. Levaria o casal a assistir a uma missa, onde verificaria se as pessoas estão a par da rotina católica, analisando, sobretudo, se a coordenação motora dos mesmos reage nos momentos certos, i.e., se se levantam no tempo certo, se dão o beijinho ao senhor do lado na altura certa, se cantam no momento certo etc.
4. Obrigaria o casal a rezar uma novena de cor, aferindo, assim, do conhecimento católico efectivo que o casal detém.
5. Pediria ao casal que explicitasse, justificando, a importância de nosso senhor e da igreja nas respectivas vidas, comprovando, assim, a fé que têm.
Todas as informações seriam dispostas numa grelha feita em Excel. Só casaria pela igreja o casal que conseguisse levar a cabo de forma positiva as três últimas linhas descritas. Os casais reprovados seriam encaminhados para cursos de cidadania e civilidade, também a cargo da ASAE, a serem ministrados em instalações próprias.
Qualquer dúvida, é escrever para o e-mail acima registado.
Bom fim-de-semana!
O Sérgio e o Proletário andam a deixar de fumar. Se quiser proceder ao mesmo acto saudável destes amigos ou se, em querendo continuar a contribuir para o cancro do seu pulmão, preferir regozijar com a desgraça alheia, visite-os aqui. Vai ver que vale a pena.
Charlie, espectacular esta cadeia. Ora bem, ei-las, de seguida.
Espectacular – A minha palavra favorita. É a palavra com melhor feng shui que conheço.
Vaca – É o palavrão que mais gosto de utilizar. Aplico, normalmente, a pessoas gordas ou a amigas minhas. Não me custa absolutamente nada utilizá-lo, até porque não é tão brejeiro quanto outros e pode ser utilizado com muito carinho.
Rabi – Não sei explicar, adoro a palavra rabi. Lá na minha rua (na Margem) utilizava-se muito, em contextos como: "Já alguma vez tinhas pensado, Rabi?" "Népia, Rabi, nunca pensei". Enfim.
Indivíduo – Ou "pessoa". Adoro estas duas palavras.
Situação – Por acaso, já me ando a fartar desta palavra. Mas por enquanto ainda pode figurar nesta lista. Dá imenso jeito, especialmente nos casos em que não nos lembramos do nome das coisas (ex.: "fui lá àquela situação e correu bem"; "põe a situação no chão" etc.).
Colesterol – Sempre que posso, pergunto às pessoas sobre o valor de colesterol mau em que se posicionam, seguido de um breve aconselhamento no sentido de deixarem de comer manteiga e fritos. Coisas que me ficaram da infância.
Artérias – Utilizo muito, sempre nos mesmos contextos: "olha que entopes as artérias" e "o Omega 3 é o detergente das artérias" (e esfrego os braços enquanto digo).
Margem-Sul – Com hífen, podemos considerar esta uma só palavra. Portanto, dá. Utilizo-a sempre que posso, desde situações mais gerais às mais específicas. Normalmente, acompanho-a de um murrinho no coração, com o punho cerradinho.
Jean-Jacques – A sequência fonética mailinda de todos os tempos.
Inusitado – Esta palavra chique é um desafio, daí o meu amor por ela. Quase nunca a utilizo oralmente porque sei que vou utilizá-la mal. Nunca a interiorizei e tenho sempre de consultar o dicionário para escrevê-la. É a minha iliteracia de estimação.
Men – "Men" é o meu ponto final, a minha muleta, a minha cena toda, men. Sem ele não sou ninguém.
Gorda – Vá, é uma palavra fôfa, convenhamos.
Linda, linda, esta cadeia que te dou a ti, Lena, Caracolinho, Daniel, Fafá, Cat, Joana, Sara, Samuel Úria, Ganza, Puto, Kate, Andalsness, Mr. S, Kraakinho e Miss Oaktree. Uihiu!
Há 25 anos saía o Thriller, um dos grandes álbuns que a pop viu nascer. Lá em casa, o vinil do Thriller (bem como o do Of the Wall e do Bad) viveu até há cerca de doze anos, altura em que o meu pai decidiu fazer uma limpeza à discografia e mandou tudo quanto era vinilada para o lixo ("oh ié, oh ié, CD é que é", justificou ele na altura). Deu, contudo, para eu ter as letras todas decoradas e cantadas até à exaustão. A certa altura (quando comecei a ser adolescente, creio), deixei de ouvir Michael Jackson por vergonha (é verdade). Ou seja, consumi todas as músicas do Dangerous só através da rádio e da MTV (belos tempos, os de 1990, 91, 92 e 93, em que a minha única preocupação era pôr a gravar os MTV Unpluggeds, os best of the best, os camandros e os catanos...), e camufladamente. Ninguém desconfiou que eu as sabia. Depois do Dangerous, perdi o fio à meada. Na verdade, coisas mais interessantes começaram a brotar por todos os lados, vá.
Ora bem, mas – mas – há outro aspecto do Thriller que tem obrigatoriamente de ser retomado, e nada melhor que este aniversário. Sem saudosismo algum, atenção, só para referir. Abaixo o saudosimo, inclusive. Trata-se da versão da canção homónima adaptada pelos Queijinhos Frescos (a melhor banda de covers adaptados de todos os tempos). Com a métrica do original respeitada ao milímetro, os Queijinhos fizeram do Thriller canção o seguinte:
«Pedi à mãe (arrastar o "mãe" aqui) que me deixasse ver na televisão (ler "tlevisão")
Um filme de (arrastar o "de") terror (travou) que às vezes dá na última sessão...»
Não me lembro do resto, nem o consigo encontrar em lado nenhum, até porque o vinil dos Queijinhos Frescos teve o mesmo final do Thriller ("o h ié, oh ié" etc.). Mas que era giro era.
Não conhecia nada acerca do Ian Curtis, além das músicas, até ter ido ver, há semanas, o Control. Este filme perturbou-me muito. Fiquei, no fim do visionamento, com a sensação de que mais valia ter permanecido na ignorância: então o homem tem uma rotina amorfa e normal?! Então escreve as letras das músicas em função da... sua esposa?! E é funcionário público de manhã e vai para os ensaios à noite, como o meu amigo Marcos?! Então e às vezes vai a pé para casa?! E chega a casa à noite para comer o jantar feito por sua grávida esposa e, inclusivamente, tem um filhinho a quem compra chuchas? E depois arranja uma amante mais gira que a mulher – cujas peles se lhe descairam – e dá-lhe beijinhos queridos antes dos concertos? Diz que sim, chocantemente.
É estranho chegar à conclusão de que rock stars e domesticidade não se coadunam; não contava com esta. Mas é a realidade.
Um destaque metalizado por afinidade, men, é obra de orgulho. Um granda beijão para a 'nha bomba, com um granda obrigada.
Serginho, já-me viste isto? Um beijinho, yeah! ah, obrigadinha e não te esqueças dos meus cds.
Pois é, querida Sara, é com muito carinho que esta headbanger se mantém fiel às tuas origens. Um beijinho e um obrigada.
Esqueceste-te, Daniel, das outras duas rotundas que também têm de ser controladas. Hás-de incluir no croqui, um dia. Vai, um grande beijão e mais um obrigadão!
Momore! Também já cá estás! Alright! Mas, pronto, já sabes que um template como o meu... dificilm... não desfazen... .... err... Alright!
Estação 6
O Mood Swing (agora com maiúsculas, Luís) passa a ter uma secção denominada "Burn in Hell". Dela constará tudo e mais alguma de mau. Exemplo: exemplos de gordos. Esta será uma secção com o patrocínio Vastulec.
Olé, olé, o Sapo é que é!
Ai. Se 2006 foi um ano mau para esta pessoa, 2007 foi um pesadelo. Mau, mau, mau e mau. Mau, por um lado; mau, por outro; mau, paralelamente; mau, transversalmente. Salvou-se a saúde e dois maravilhosos livros que li no verão: o Pride and Prejudice, da Jane Austen, e o São Bernardo, do Graciliano Ramos, que me emprestou o caracol. E isto foi tudo o que o meu pobre cérebro conseguiu reter de 2007.
Para 2008, desejo (e tomo a liberdade de achar que ainda vou a tempo de o fazer. acho que em Fevereiro também se vai a tempo de começar coisas.), a todos, muita, mas mesmo muita, proactividade.
Há dois aspectos que quero destacar nesta minha passagem para o grande Sapo.
Primeiro, destacto o Sapo em si (espectacular!), em várias pessoas, mas sobretudo na pessoa do Pedro, pá, que é um artista e um santinho, em ex aequo. Construiu esta homenagem à minha margem sul (snifs). Muito obrigada, Sapo e Pedro, portanto. Excelsos.
Segundo, fiquei sem o "y" que tinha no URL passado. Agora tenho um URL de pessoa normal, oh... Este "y" teve uma origem muito simples: não havia mais nada disponível para fazer uma morada, de maneira que zás. Reparei, tempos mais tarde, que havia amigos que me mencionavam como Moody Swing, o que é extraordinário! Um swing temperamental, como é que eu nunca havia pensado nisso... Mas não. Não há adjectivos no epíteto deste blogue. Só nomes e verbos, conforme.