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Que a tipa dos Gossip não se dispa.
Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste Os Cypress Hill vêm ao Sudoeste
etc...
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(Só consegui alguma clemência com o Roque Santeiro. Mas ainda hoje, já independente, se me escapa que vejo as Páginas da Vida e aquela da TVI que sucede nos Açores, sou imediatamente ostracizada, olhada de cima e ignorada, no fundo. Intelectuais, brrrrrrrr…)
De maneira que ganhei com esta brincadeira do turururu-turururu um medo da morte que me pelo. Não da minha, mas da dos outros, os que me importam. Desde que a minha não seja uma coisa do género acordar, de repente, num caixão a sufocar com falta de ar porque ninguém me ouve a gritar sete palmos abaixo de terra para sair dali e que só aconteça lá para quando eu tiver duzentos anos, tudo bem. Agora a dos outros não pode simplesmente acontecer (os ateus não lidam muito bem com esta parte da vida, digamos).
Bom, na tentativa de resolver este meu problema, pus-me a ler uma merda de livro, que não consigo largar. Chama-se o Ano do Pensamento Mágico, da jornalista norte-americana Joan Didion, que me foi aconselhado pela Maria João Seixas. Neste livro, Didion exorciza tudo aquilo que sentiu por ocasião da morte do marido (que morreu enquanto jantavam; caiu para trás e zás – no more mister nice husband) e nos tempos que se seguiram a esta desgraça. Descreve pensamentos, bandas sonoras que lhe enchiam os pensamentos, perdas de memória, coisas tristes etc. Conta-nos o exercício que fez para conseguir continuar a respirar e a viver e assim, bem como o exercício para coordenar esta perda horrível com a enfermidade da filha única, às portas da morte (ainda não sei se esta morre ou não). Meti-me num grande imbróglio, como se vê. Calco uma passagem, só para se ter a noção:
“(…) «Tiveste razão quanto ao Havai», disse ele então. Acho que queria dizer que eu tinha razão quando um ou dois dias antes disse que quando Quintana melhorasse (era o nosso código para «se ela viver») podíamos arrendar uma casa na praia de Kailua onde ela podia recuperar. Ou talvez quisesse dizer que eu tinha razão quando, na década de setenta, quis comprar uma casa em Honolulu. Na altura, preferi pensar na primeira hipótese, mas o pretérito da forma verbal sugeria a segunda. Disse estas coisas no táxi entre o Beth Israel North e o nosso apartamento, ou três horas antes de morrer, ou vinte e sete horas antes de morrer, tento recordar-me e não consigo.” (p. 87)
Praise our fucking lord, sem dúvida. Mas a verdade é que tenho necessidade de saber se, por um lado, esta mulher me consegue explicar que é, de facto, possível continuar depois de parte de nós morrer e, por outro lado, se devo continuar a confiar na Maria João Seixas. Vou ter de ir com isto até ao fim. Darei novidades sobre este assunto mais para o fim da semana. Que vem.
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Acrescento à minha lista de excel mais um motivo para ficar a viver na cidade: a flora. E, meus amigos, estou em crer que ver Lisboa a despedir-se do rosa mais chock que vi na vida abrindo alas a um lilás valha-me Deus é um espectáculo compensador de qualquer excesso de fumo de escape que possa, eventualmente, ter inalado por aí.
*e, em alguns spots marados, as grevíleas.