Quinta-feira, 29 de Julho de 2004
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Uma das mulheres mais bonitas e talentosas do nosso País. Hoje, no
Lux.
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O
Tom Barman realizou
um filme , e eu vou ver.
É.
Quarta-feira, 28 de Julho de 2004
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"Exercício de conversação
(...)
- Mas como eu ia dizendo...
- Qué lá isso?!... Eu é que posso e devo dizer como eu ia dizendo.
- Ah! eras tu? Então, diz.
- A vontade é o principal atributo do Homem.
- Também me parece.
- Nas relações humanas, human relations, public relations, a vontade é a grande arma.
- Já o disseste.
– Mas repito.
- Sou toda ouvidos.
- Achas-me cara de parvo? Bem te vi ontem.
- Viste?
- Vi. Com o...
- Sim?
- Sim. Julgas que sou parvo?
- É o que te pergunto.
- Não tens nada que perguntar. Tens de responder.
- Não sou tua escrava.
- Nem eu queria. Sou democrata. A democracia é...
- Não sei o que é.
- Devias sabê-lo... vivendo comigo.
- Nunca dei por isso.
- És parva.
- Fui.
- Mas como eu ia dizendo, quem tudo quer tudo pode. E daqui, devias concluir...
- É o que eu gostava de saber.
- A tua conversa de anteontem, com o 914.
- Não foi anteontem.
- Ou ontem.
- Não era o 914.
- Irra! tanto faz. Isso são pormenores... A história, a pequena história sentimental ou dos sentimentos, não é uma ciência exacta.
- Julgava que sim. Julgava que era a única coisa exacta que havia, a única verdadeiramente bela, nobre, interessante, etc.
- Pensas como mulher."
Luiz Pacheco, Exercícios de Estilo.
Domingo, 25 de Julho de 2004
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Nestes dias intitulados "meu deus! mais um bocadinho e diria que nunca vi tanto calor junto na minha vida", é impossível que, no desespero das ondas queimantes, não se nos acerque à otomemória aquela música cantada pela Né Ladeiras. Aquela, escrita pelo Pedro Ayres de Magalhães. Para quem não sabe, a Né Ladeiras participou, aos seis anos de idade, no Festival dos Cantores da Figueira da Foz. Sim, sim.
E cantava aquela música tão gira e fresca e amorosa. Fresquinha que só visto.
Aquela do “na frescura, que tremor... lailailai”.
Muito bom, muito bom.
Ainda que o que se
ouça cá em casa seja de tal forma tão completamente diferente do que enunciei, que até arrepia.
O
Elefante não gosta de caracóis. Contudo e não obstante, tem um blogue novo para lá de megagiro e, ainda por cima, tem-no a solo. A solo, sim! Muito, muito bom.
A reter:
Pitau Raia.
And let the great words begin!
Sexta-feira, 23 de Julho de 2004
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«E já ficarei muito orgulhoso se, daqui a muitos anos, puder ser entendido como um compositor que se integrava bem nos acontecimentos desta época...»
Carlos Paredes, 1925-2004.
Quinta-feira, 22 de Julho de 2004
Terça-feira, 20 de Julho de 2004
[diálogo possível, dadas certas e determinadas circunstâncias]
- Tudo bem? [transeunte]
- Bem, obrigada. [batukada]
- Mas mesmo? [transeunte]
- Bom, vai-se andando. Melhorzita, digamos. [batukada]
- Recuperaste, já vi. [transeunte]
- Não, não. De maneira nenhuma, isso nunca. [batukada]
Quinta-feira, 15 de Julho de 2004
De repente,
deu-
lhes a
todos para andarem a fazer para aí um ano. Ó camandro, ó catano*. Até o
carne, céus... Até o
carne.
Megamaisanos de blogovida para esta gente toda, catano.
*cortesia mano.
Quarta-feira, 14 de Julho de 2004
"Butterflies are professional mood swingers"
Obrigada, querida
Ana!
Terça-feira, 13 de Julho de 2004
Os
Gatos Fedorentos ameaçam voltar às lides bloguísticas.
Praise the Lord!
E o dia começa bem...
Segunda-feira, 12 de Julho de 2004
Por outro lado, estes tempos trazem o objecto enviesado que plana suspenso aos pés dos Embaixadores do Holbein à memória de pobres cérebros, como este que agora escreve. Aquele objecto estranho – que se desvenda no momento em que se estiver posicionado do lado direito desta gigante maravilha, e a olhar para a esquerda, como quem espreita receando o que vai ver – convive com dois seres imponentes, ainda que meio amedrontados. Angustia a curiosidade do mais impávido e inerte possível, esta obra.
E que pena se nos invade quando o mistério é desvendado... A emoção fervilhante da segunda vez que se olha para este quadro não será, com certeza, idêntica à da primeira, mas a angústia, essa, está sempre lá.
Carregadinho de simbologia, é o que é.
Nestes tempos de desesperança – agora mais presentes do que nunca – em que vivemos, chegam-nos novas sintonias, novos arranjos florais, musicais e culturais, como que a gritar clemência. Clemência por um mundo menos previsível e abafado. As letras amontoam-se em palavras nunca dantes vistas. As mentes buscam novas histórias em reviravoltas pujantes, ou ficam-se pelo plano seguro. O segundo. O plano por onde todos passámos, que todos tocámos. Cá de mim, estou assim: plana; ciente de que é neste país de santanas e pauletas (estou do lado do nosso PR, como é óbvio) que me encontro e situo.
Está, pois, na altura de abrir alas aos planos Pulp. Faz falta, creio eu, voltar a agarrar as desgraças acnenorreicas que estes secos e branquelas conseguem amofinar, transformando-as em coisas meio sérias, ainda que cheias de piada... O que faz bem, pois claro. Atentar nos “alright” e nos “yeah”. Vale a pena, vale a pena.
Well it happened years ago, when you lived on Stanhope Road.
We listened to your sister when she came home from school,
'cos she was two years older and she had boys in her room.
We listened outside and heard her.
Alright. Well that was alright for a while but soon I wanted more.
I want to see as well as hear and so I hid inside her wardrobe.
And she came round four and she was with some kid called David from the garage up the road.
I listened outside I heard her.
Alright. Oh I want to take you home.
I want to give you children. You might be my girlfriend, yeah yeah yeah yeah yeah yeah.
“Babies”, do álbum His'n'Hers
Yeah yeah yeah yeah...
Ligeiro apontamento: fiquei tranquila com a retirada lamecha do Ferro Rodrigues, ainda que tal bacoquice seja completamente irrelevante para esta sensação que aqui queria deixar.
Para que tú me oigas,
mis palabras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaviotas en las playas.
Collar, cascabel ebrio
para tus manos suaves como las uvas.
Y las miro lejanas mis palabras.
Más que mías son tuyas.
Van trepando en mi viejo dolor como las yedras.
Ellas trepan así por las paredes húmedas.
Eres tú la culpable de este juego sangriento.
Ellas están huyendo de mi guarida oscura.
Todo lo llenas tú, todo lo llenas.
Antes que tú poblaron la soledad que ocupas,
y están acostumbradas más que tú a mi tristeza.
Ahora quiero que digan lo que quiero decirte
para que tú me oigas como, quiero que me oigas.
El viento de la angustia aún las suele arrastrar.
Huracanes de sueños aún a veces las tumban.
Escuchas otras voces en mi voz dolorida.
Llanto de viejas bocas, sangre de viejos súplicas.
Ámame, compañera. No me abandones. Sígueme.
Sígueme, compañera, en esa ola de angustia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras.
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas.
Voy haciendo de todas un collar infinito
para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Em
20 Poemas de Amor y Una Canción Desesperada.
Quinta-feira, 8 de Julho de 2004
Take the Which Madonna Video Are You quiz.
Tinha de fazer este...
(via
Charlotte, por sua vez, via
Ana, por sua vez, via uma data deles)
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Sampaio, amigo, não fiques caladinho!
Quarta-feira, 7 de Julho de 2004
"Tira o Pauleta, PORRA!"
Mais dois dias e voltará tudo ao normal. Tenho a certeza. Ámen.
Domingo, 4 de Julho de 2004
Pois somos! Somos, somos! Todos, à excepção do Pauleta.
E agora é ter calma, porque há coisas bem piores e tal e tal. E somos os maiores! Somos! Todos, menos o Pauleta. Tira o Pauleta.
Quinta-feira, 1 de Julho de 2004
Que pena, que pena, que pena...
Bom, tenho de ir ali escarrapachar-me em frente ao televisor e ver a repetição do golo do Maniche, até que os olhos se me amiopiem. É só um minuto.
PS: POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! ai...