Terça-feira, 29 de Junho de 2004
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Somewhere, not here
I know you are somewhere, not here
You're my waking thought
You're the smile on my lips
Are you thinking of me
Do I invade your sleep
A paradise, a paradise
Within your eyes
Alpha
Segunda-feira, 28 de Junho de 2004
Domingo, 27 de Junho de 2004
Hail to the Beastie Boys.

Já cá faziam muita falta.
To The 5 Boroughs.
Não recebi nenhuma mensagem no meu telemóvel a divulgar a
megamanifestação de hoje à tarde. Conversa é esta? Cambada...
Sexta-feira, 25 de Junho de 2004
Continuo emocionada. Ai.
Não retiro nem uma palavra à lamechice toda que escrevi abaixo.
Quinta-feira, 24 de Junho de 2004

É claro que isto não me aumenta o ordenado; é claro que não me compra o duplex nas Ramblas; é óbvio que não me compra o Volvo nem a a Road King Custom; é transparente como a água da piscina do Inatel da Costa da Caparica que não me paga o cruzeiro no Nilo,
but then again, who gives a damn fuck about it? É uma felicidade tremenda e pura assistir a um jogo destes. É de uma felicidade atroz e asfixiante ver toda a nossa equipa a jogar como jogou. É de uma felicidade perturbadora ver a rotunda-anã do Lidl cheia de carros a gromitarem apitos e bandeiras.
Não se explica a magnificência do golo do Rui Costa. Não se explica o barulho da corneta do meu vizinho do lado. Não se explica a existência do Ricardo Carvalho. Não se explica o Maniche. Não explica o Miguel. Não se explica a vontade do Ricardo. Não se explica esta alegria toda. Não se explica...
O futebol é uma arte. O futebol é deturpador de sensações. O futebol é espoletador de AVC. Obrigada, mãe; obrigada, pai.
GANHÁMOS AOS
BRITS, PORRA! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL!
Quarta-feira, 23 de Junho de 2004
Daqui a uns dias, assistirei, com bastante soluço e ranhoca – é triste, mas sinto-me completamente impotente no que à feitura de textos com alguma seriedade diz respeito –, ao primeiro casamento do meu grupo de amigos. A Célinha e o Marcos juntam os trapos aos olhos do Senhor daqui a, precisamente, menos de três comoventes semanas, e é bonito. É de uma emoção que não se pode esconder, nem tão-pouco apaziguar. Deixa bradar esta mega-união aos céus, por favor!
Ao mesmo tempo, a ocasião que se aproxima faz-me aperceber do tempo que já passou; de como há bem pouco tempo não se pensava no acto de anagalhar; de como isto anda tudo muito depressa; de como hoje és filho e amanhã és pai... Enfim, vejo-me, com isto tudo, a retrospectivar uma época que qualquer pessoa normal, onde eu me incluo, considera que nada tem para ser retrospectivada: os 13-14 anos. Olha, é a primeira vez que tenho a nostalgia dos meus 13-14 anos, confesso. Até porque nunca tive distanciamento temporal suficiente para o fazer. Mas ando numa nostalgia tal, que ontem mesmo ouvi, por acaso, uma música dos Toranja e achei-a bonita (ai...). Não faço ideia de que música se trata, mas dizia “amar” e “tremer”. Bonito e suavezinho. Bolas...
Bom, acontece, pois, que a atónita efeméride que está aí a bater à porta me trouxe, de repente, à memória e acompanhado de muita alegria e aconchego inexplicáveis, o meu único desejo dos 13-14 anos: uma Casal Boss preta, com as letras a dourado.
Vrrrm, vrrrm, vrrrm! Vrrrrrrrrrrrrrrrmmmmmmmmmmm! Como eu sonhava com aquilo... Sentia-me bem naquele desejo, assim como me tranquiliza agora recordá-lo. Imaginava-me a chegar à praia (juro) de Casal Boss e do brilharete que isso seria (juro). Nunca tive uma Casal Boss, como é óbvio*, e só agora é que interiorizo isto, mas não fiquei traumatizada. Não sei porquê, mas sabe-me bem esta confrontação com a decepção da Casal Boss. Lido bem com as decepções, esta é que é a verdade. Até porque há compensações e até porque a tendência é avançar pelo caminho certo. É bom ter a certeza do desejo e é bom ter a certeza da concretização e, que diabo, faz bem lidar com a decepção. E é, sobretudo, boa e inexplicável a certeza da concretização do casamento de 10 de Julho, que coisas tão encantadoras me tem feito sentir. É bom.
Para os meus queridos noivos, de quem tanto gosto, entoações eternas de amor e devoção, desejos e concretizações. Para mim, uma Road King Custom. Já!
*uma Casal Boss... palise...
Terça-feira, 22 de Junho de 2004
De pêlo eriçado, eu, batukada, me confesso: é uma coisa especialmente boa tropeçar, sem estar à espera, em neologismos bem construídinho, com as regras bem aplicadinhas, com a respectiva salvaguarda semântica. Assim, tudo muito bonitinho, com tudo muito no sítio. Não é por nada, é só porque é bonito, agradável, dispõe bem. Enfim, alenta sobremaneira. Conceptuário, meus amigos. Conceptuário.
Se bem que, vamos lá a ver, o que significará realmente este conceptuário? Agora já estou cheia de dúvidas outra vez... ...quando é que é jogo, quinta ou sexta? O Pauleta não pode jogar, pois não? Concept... Carta de marear apreendida, eu?! Breaders? Essas gordas?! Palise...
Olha, a Dinamarca marcou. Ao minuto 27 e meio.
Domingo, 20 de Junho de 2004
Prémio Jovens Heróis de Shaolin: toda* a equipa-maravilha.
Prémio Pico Mais Alto de Asneiredo: substituição de Luís Figo por Petit.
Prémio Novo Recordista Mundial: Pauleta, o ponta de lança que em três jogos do campeonato rematou zero vezes à baliza. (
Sara, Sara, Sara, Sara, Sara... ¿
Y cómo no?)
*Não há palavras para o Cristiano Ronaldo, nem para o Ricardo Carvalho (porra... é muito, é muito...), nem para o Figo, nem para o Jorge Andrade e nem para o Deco. Ai, e nem para o golo do Nuno Gomes. Não há palavras.
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Porra, pá! GANHÁMOS! Viva! Viva! Viva! POR-TU-GAL! POR-TU-GAL! Ai...
«Importância da higiene
É indispensável uma boa higiene pessoal. Evitará o alastramento das bactérias capazes de provocar infecções. Lave-se diariamente com um sabão suave. Um chuveiro será a melhor opção – banhos de imersão prolongados e muito frequentes tendem a secar a pele. Conquanto a transpiração seja uma acção natural dos istema de arrefecimento do corpo, o facto de secar na pele pode irritá-la e produzir mau cheiro. As condições da pele, do cabelo e das unhas constituem uma boa indicação do estado geral da sua saúde.»
da colecção 101 Sugestões: "Vida Saudável"
Diga-se o que se disser, esta colecção está cada vez melhor. Mas, espera lá, creio não ter mencionado, a este ponto, os malefícios do sal. E que importante é divulgar isto, ainda por cima hoje... Volto já já.
Quinta-feira, 17 de Junho de 2004
Prémio Novo Recordista Mundial: Pauleta, o ponta de lança que em dois jogos do campeonato rematou zero vezes.
Quarta-feira, 16 de Junho de 2004
Hoje é dia de
Bloomsday. Abram alas.
Terça-feira, 15 de Junho de 2004
a história do epíteto "apontamento" ser considerado abaixo de cão, nada relevante ou importante tem de acabar. É como a história dos anexos. Pronto, como é anexo não tem de se lhe dar importância. Errado. Vezes há em que os anexos podem ser o busílis de todas e quaisquer questões. Já com os
post scriptum passa-se o mesmo. Sei lá eu porque é que são diferenciados do supra-súmico texto principal, se na verdade fazem tanta ou mais falta do que ele. Nunca subjugar o poder do pequeno apontamento, portanto, cuja estratégica localização é mais estética que outra coisa.)
Luís, muito obrigada e sempre às ordens. Escapou-me o Rock in Rio, de facto, mas note-se que foi uma ausência propositada.
Charlotte, tanta razão até faz impressão.
Simão Sabrosa, semi-madeixas loiras em cabelo curto, encaracolado e castanho escuro, não.
Miguel, lá está, é isso mesmo.
Organização do SBSR (tinha de falar nisto...), para a próxima, em vez de seis barracas de cerveja para 80 mil pessoas, sejam, por favor, três barracas para 160 mil pessoas, está bom? A vida sem úlceras no estômago do nervoso não é nada.
Sábado, 12 de Junho de 2004
OntemTemperatura: Pixies.
Vento: Pixies.
Faixa etária predominante: Pixies.
Cor predominante: Pixies.
Preço da cerveja: 1,5 euros.
Os prémios batukada 11 de Junho não estão em condições de ser atribuídos, pelo menos hoje. Minto. Será atribuído um, e só um, prémio Super Bock Super Rock 2004.Prémio Não Há Palavras Para Descrever o Que Sucedeu Ontem À Noite
Sexta-feira, 11 de Junho de 2004
Segundo dia - Dia N*E*R*D
Temperatura: 365º à sombra.
Vento: de sul, com rajadas a 35,2 quilómetros/hora.
Faixa etária predominante: 8-11 a.AL*, 20-30 d. AL.
Cor predominante: não houve.
Preço da cerveja: 1,5 euros.
*Avril Lavigne
Prémios batukada 10 de Junho de 2004
Prémio Melhor Actuação do Dia: N*E*R*D.
Prémio São os Maiores: N*E*R*D.
Prémio Melhor Iluminação: N*E*R*D.
Prémio Que Valente Boa Onda: N*E*R*D.
Prémio Grande Sonoro: N*E*R*D.
Prémio Tomara que Venham cá Muitas Vezes: N*E*R*D.
Prémio Frase Mais Hip Hopzeira Proferida em Palco: “get your mobile phone in the air”, por Pharrell Williams, N*E*R*D.
Prémio Então e o Outro que Parece um Chinês Não Veio Porquê, Pá: N*E*R*D.
Prémio Epá, Grande Espectáculo: N*E*R*D.
Prémio Rainha da Noite, Mas Isso Não Interessa Nada Porque os Maiores Foram os N*E*R*D: Nelly Furtado.
Prémio Ladrão Mais Ladrão Não Há: Farturas Paulo Alexandre, com a meia dúzia de churros a 3 euros.
Prémio Pede Para Cagar e Sai**: Gomo.
Prémio Granda Náusea: Toranja.
Prémio Como é Que é Possível Esta Tipa Apresentar-se de Meia Branca: Avril Lavigne
Prémio Davide: David Fonseca.
Prémio Melhor P.A, Mas Isso Não Interessa Nada Porque os Maiores Foram os N*E*R*D: Nelly Furtado.
Prémio Ai, Meus Deuses, Que Falta Menos de Um Dia: PIXIES! PIXIES! PIXIES! PIXIES! PIXIES!
**cortesia "Célinha".
Amanhã, se tudo correr bem - bate na madeira - serão atribuídos os Prémios batukada 11 de Junho de 2004. Com os melhores cumprimentos,
a própria
Quinta-feira, 10 de Junho de 2004
Primeiro dia – Dia Linkin Park (LP)
Temperatura: ambiente.
Vento: de sudeste, com rajadas a 20 quilómetros/hora.
Faixa etária predominante: 13-16 LP e 40-50 LP.
Cor predominante: preto e vermelho LP.
Preço da cerveja: 1,5 euros.
Prémios batukada 9 de Junho de 2004
Prémio Revelação: Static X.
Prémio Melhor Actuação: Linkin Park.
Prémio Melhor Iluminação: Korn.
Prémio Letra mais Cantada Pelos Transeuntes: todas as letras de todas as músicas dos Linkin Park.
Prémio Mais Repetitivos em Palco: Blasted Mechanism (não só pela música, mas também pela frase “are you ready”, que foi proferida 750 vezes pelo vocalista, durante o concerto de trinta minutos).
Prémio Mais Mal Vestidos: Blasted Mechanism.
Prémio Melhor P.A: Korn.
Prémio Há Gajos Que Não Se Tocam: Muse.
Prémio Melhor Música da Noite: “Wish”, dos Nine Inch Nails, pelos LP.
Prémio Até Podiam Estar Sem Som e Sem Voz que, Para Mim, Seriam, Mesmo Assim, Sempre Megalindinhos: Da Weasel.
Prémio Melhor Concerto do Dia, Pudera, Só Tocaram os Grandes Hits, Assim Também Eu: Korn.
Prémio Frase Mais Rockeira Proferida em Palco: “get your funkin’ middle finger in the air”, por Jonathan Davis, vocalista dos Korn.
Prémio Ladrão mais Ladrão Não Há: Farturas Paulo Alexandre, com a meia dúzia de churros a 3 euros.
Prémio Meu Querido, Estás Cada Vez Mais Giro; e Emagreceste, Não Foi?: Pacman, vocalista dos Da Weasel.
Prémio Ó Seu Gordalhão Mete Nojo, Não Tens Vergonha de Aparecer Nessas Condições à Frente dos Fãs? Queres Ficar Como o Outro Dos Mata Ratos? Herbalife, Filho: Jonathan Davis, vocalista dos Korn.
Prémio Melhor Frase Técnica Proferida Por um Transeunte: “o bombo está-me a irritar o tímpano”, por anónimo; chamemos-lhe “Célinha”.
Prémio Pior Concerto do Dia: Blasted Mechanism.
Prémio Expectativa Para o Dia Seguinte: N*E*R*D.
Prémio Como É que É Possível Não Conhecer Nem Uma Músiquinha dos Linkin Park: batukada.
Amanhã serão atribuídos os Prémios batukada 10 de Junho de 2004. Com os melhores cumprimentos,
a própria
Quarta-feira, 9 de Junho de 2004
1. O jantar de ontem. O jantar de ontem foi, obviamente, um megajantar. Superlativo, digamos. Foi um supra-megaprazer jantar com as minhas queridas
charzinha,
papoilinda (minha santa) e
vieirinha. E digo mais, de lágrima ao canto do olho: a
Vieira, que conheci ontem, é uma hiper-supra-megajóia. Bom, não há palavras. Descobrimos - note-se bem - que afinal de contas o mundo é um penico desgraçado e que podemos tomar o pequeno-almoço juntas quando bem nos apetecer. Raisparta, que mimo! Mais pormenores sobre a grande efeméride
aqui e
aqui. Bis, claro!
2. O meu querido amigo. Enquanto o megajantar decorria, recebi um telefonema muito importante que deixei escapar por motivos de mouquidez. Hoje de manhã, descobri a boa nova: o amigo de longe vem, finalmente, para perto. Que supra-felicidade!
E agora vou ali assoar-me.
Aforismo do dia I: a morte consegue ser muito estúpida.
Aforismo do dia II: a morte consegue ultrapassar todas as barreiras da estupidez.
Aforismo do dia III: a morte pode ser muito estúpida.
Segunda-feira, 7 de Junho de 2004
Tem muita piada esta
foto ter vindo à baila por conta de
La Mala Educación. A cena que a fotografia retrata é, precisamente, a que retive durante todo o dia de hoje: Ignácio criança canta, com voz muito aguda e farsola, o Moon River, em jeito de "mune ribér".
O padre Manolo acompanha-o à viola e emociona-se.
Impressionante.
La Mala Educación
Hail to the snail.
Hail to the
snail.
Sexta-feira, 4 de Junho de 2004
Uma palavra para o senhor que aparece todo nu e com uma raquete na mão na página número dez do Guia de Praias 2004 da Visão: vergonha!
Quarta-feira, 2 de Junho de 2004
Toda esta conversa acerca de os paulos pedrosos terem sido, por ora, renegados pelos mestres em Assuntos Pedofilianos na Casa Pia (bem como as chocantes alegações, que vieram à praça pública, denunciadoras de um Sousa Franco calvo e portador de determinado tipo esquizofrénico de óculos, mas estas não se enquadram aqui) trouxe-me à mémoria uma série de televisão tão ou ainda mais excelsa que todos estes acontecimentos juntos, ainda que bastante aproximada* ao enredo.
Falo de V – a Batalha Final. Ora, e porquê? Pois bem: quando os terráqueos se aperceberam dos verdadeiros ímpetos dos reptilianos-pseudo-mansinhos, desataram à estalada a estes animais. De tal forma foi a questão que até a respectiva pseudo-pele nívea se lhes começava a saltar, denunciando o verde gelatinoso, bem húmido e genuíno que realmente - e ao contrário do que toda a gente pensava - os caracterizava. Inclusivamente, mais para o final da série (quando a tramóia já ia no caminho de ser resolvida), só se viam línguas viperinas e cuspideiras (fininhas e que se dividiam em dois na ponta) a sairem daquelas bocas inimigas (nojo). A partir daí, era fácil saber quem era réptil mauzão e quem era cândido bonzinho.
A verdade veio ao de cima, é certo, mas talvez tenha vindo tarde. Suficiente para a pobre Eleanor Dupres ter sido alvejada**, coitada. Provavelmente, se tivesse vindo ao de cima mais cedo, não teria, igualmente, nascido aquele espécime, mesmo no último episódio, loirinho e de olho azul com a tal língua dividida e cuspideira - quando toda a gente pensava que os animais já tinham sido todos varridos. Ninguém o topou, só nós, os outsiders.

«V – The Final Battle (1984) [Eleanor Dupres]: shot in the back with a ray-gun by Andrew Prine when she tries to run to the resistance fighters outside.»
É complicado, é complicado...
*ou paralela, se preferirmos.
**não sei se morreu, coitada.
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E que bem que sabe ouvir esta ladaínha.