Segunda-feira, 31 de Maio de 2004
Domingo, 30 de Maio de 2004
«
Teste do aperto da pelePara avaliar aproximadamente a quantidade de gordura do seu corpo, experimente beliscar um pouco da sua pele, apertando-a entre o polegar e o indicador. Veja bem que não inclua tecido muscular no beliscão. Se verificar que consegue abarcar mais de 25 mm de gordura, então só lhe será benéfico perder algum peso, mudando os seus hábitos alimentares e de exercícios.»
da colecção
101 Sugestões: "Vida Saudável"
Vá, toda a gente a entrar em paranóia, se faz favor.
Dedicatória: o teste do aperto é inteiramente dedicado à
Anusca, por ter tido o desplante de me convidar para uma grande caracolada e moelada. Tss, tss...
Sexta-feira, 28 de Maio de 2004
Missão para o fim-de-semana: agarrar e dar uma voltinha por
estes lindinhos. Fazer uma lista dos novos sons que
os malandros aconselham e ir para a Fnac esturrar a guita toda. Ámen.
Para o meu querido
Gonçalo, o emigra-mais-destemido-lá-do-bairro, tão céptico quanto crente: amigo, há palavras esporadicamente usadas e com formas correctíssimas que valem ouro. Se pusermos a Nina Simone a cantá-las, então aí vislumbramos o sublime. Ofereço-te. Ah, e bom dia!
In the morning when the moon is at it's rest,
you will see me at the time I love the best
watching rainbows play on sunlight;
pools of water iced from cold night,in the morning.
'Tis the morning of my life.
In the daytime I will meet you as before.
You will find me waiting by the ocean floor,
building castles in the shifting sands
in a world that no one understands,
In the morning.
'Tis the morning of my life.
[...]
In the evening I will fly you to the moon
To the top right hand corner of
the ceiling in my room
Where w'll stay until the sun shines
Another day to swing on clothe's lines
May I be yawning
It is the morning of my life
It is the morning of my life
In the morning
"In the morning". Letra de Barry Gibb (1966). Do álbum
Nuff Said de
Nina Simone, é claro. Esta música tem de ser ouvida vezes sem conta. É que faz bem à mente.
Quinta-feira, 27 de Maio de 2004
Foi com um grande entusiasmo que assisti ao Debate na Feira, com o tema supracitado (pode ser que não seja bem assim, mas anda lá bem pertinho), hoje,
27 de Maio, no Auditório 1 da
Feira do Livro. Um tema sempre em voga, actual, estimulante ou não, tanto faz. Aprende-se sempre com estes eventos.
Teve gente bastante interessante na mesa (tomo agora a liberdade de não mencionar ninguém): uns contra o imperialismo de hoje, outros saudosistas da organização hierárquica dos tempos idos; uns contentes com tudo, outros delatores de potências colonizadoras actuais, afagando, ao de levezinho, a política externa dos EUA (uhuhuhuhuh). Uns relembraram o Moçambique de
Samora Machel , outros refrescaram a memória dos mais esquecidos, no que diz respeito à morosidade implícita na passagem para uma democracia perfeita. Etc.
Todos bem vestidos e calçados, lá à respectiva maneira de cada um, falaram bem, de acordo com a minha conceptualização das coisas, claro (isto uma pessoa tem de estar sempre de atalaia).
Percebi tudo, menos a parte de insitirem no epíteto "país desenvolvido" para se referirem a Portugal. Falhei o debate propriamente dito, é verdade, mas quer dizer... Europeístas, até pode ser que sim, sim. Até porque a posição geográfica ajuda. Agora, desenvolvidos?! Não percebi.
Faz lembrar aqueles casais que estão em processo de divórcio, já nem vivem juntos nem nada – não se podem ver à frente, inclusive –, mas que continuam a ser injustamente massacrados com o "ai, seja como for, ainda estão casados", e que ripostam com o "porra, só se for no papel! Casado?! Era o eras...".
O nosso país desenvolvido?! A mim não me enganam eles.
A
Ana tem toda a razão. Toda, com certeza. Parabéns,
minha querida!
Quarta-feira, 26 de Maio de 2004
É o maior! Puaaaaaaaaaarto!
Terça-feira, 25 de Maio de 2004
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A
chère vieira do mar pergunta qual a primeira música que nos tocou no coração, prometendo pô-la a girar na respectiva grafonola internética. Ora bem, eu, batukada de Jesus, tremo, neste momento, de emoção...
Voltar atrás à época em que pais, irmão e batukada íamos de viagem por estes caminhos afora provoca-me espasmos de sensibilidade desenfreada, seja lá o que isto for. O meu irmão fazia o favor de preparar – e fazia-o com muito rigor e muita dedicação – compilações de músicas que sacava dos discos do nosso pai para animar e enriquecer os nossos périplos. Ficávamos bem mais felizes e cantarolávamos o que lá vinha naquelas cassetes. A selecção e sucessão eram surpresa: só o meu irmão sabia o que lá vinha. Era de tal maneira a expectativa, que todos sentíamos alguma tristeza com a chegada.
É precisamente por altura de uma destas ocasiões que eu localizo a minha primeira música, isto é, a música que, de repente e pela primeira vez, me apetecia ouvir a torto e a direito, de manhã à noite.
Era o "Sharing the Night Together" dos Dr Hook & The Medicine Show, e versava o seguinte:
You're looking kinda lonely girl
Would you like someone new to talk to
Ah-yeh, alright
I'm feeling kinda lonely too
If you don't mind can I sit down here beside you
Ah-yeah, alright
If I seem to come on too strong
I hope that you will understand
I say these things 'cause I'd like to know
If you're as lonely as I am and if you mind
Sharing the night together
Oh-yeah, sharing the night together
Oh-yeah, sharing the night
We could bring in the morning girl
If you want to go that far
And if tomorrow find us together
Right here the way we are would you mind
Sharing the night together
Oh-yeah, sharing the night together
Oh-yeah, sharing the night
Would you like to dance with me and hold me
You know I want to be holding you
Ah-yeah, alright
'Cause I like feeling like I do
And I see in your eyes that you're liking it too
Ah yeah, alright
Like to get to know you better
Is there a place where we can go
Where we can be alone together
And turn the lights down low
And start sharing the night together
Oh-yeah, sharing the night together
Só anos mais tarde é que me apercebi do que a letra realmente dizia, mas isso não interessa nada – este engate tem, sim senhores, o seu encanto. Garanto que é das música mais delicadas e
groovies que me passaram pelos ouvidos.
Se a
vieira encontrar o "Sharing the Night Together" dos
Dr Hook & The Medicine Show, eu prometo que vou tentar encerrar aqui o ciclo de odes do mood swing.
busílis: praticamente tudo o que eu sei, devo ao meu irmão. Ámen.
Domingo, 23 de Maio de 2004
«Um coração saudável
As doenças cardíacas são responsáveis por cerca de um terço das mortes dos adultos. Uma mundança de regime alimentar poderá ser benéfica. Coma mais fibra. Reduzirá a quantidade de colesterol que absorve quando digere alimentos gordos. Elimine os alimentos gordos. Coma mais peixe e aves de capoeira e volte-se para lacticínios pobres em gordura. Reduza o sal, que lhe pode fazer subir a tensão arterial, a qual, por seu turno, aumenta o risco de doenças cardíacas.»
da colecção 101 Sugestões: "Vida Saudável"
bonus track: isto da felicidade ter de ser construída é mesmo verdade.
Sexta-feira, 21 de Maio de 2004
Este
rapaz é um génio superlativo. Ámen.
Quinta-feira, 20 de Maio de 2004
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Corrói, destrói, deturpa, embevece, angustia, inquieta e abespinha.
«Este livro não é obra de investigação, mas de reflexão e divulgação. Não tem autoria de historiador, mas de cidadão. Não tem aspirações científicas, mas cívicas. E não pretende defender nenhuma tese sobre o magno problema dos factores da formação de Portugal, nem tão-pouco retratar a história integral do País no século XII – mas apenas compreender, e dar a conhecer melhor, a acção do principal protagonista da nossa independência. Por isso tem o carácter de biografia.»*
Faz sentido.
*Nota de Diogo Freitas do Amaral à sua obra D. Afonso Henriques. Biografia (Bertrand Editora, 2000)
Apetecia-me deixar a foto dos lindinhos abaixo em evidência durante mais duas semanas, mas não consigo. É da Tina Turner...
Terça-feira, 18 de Maio de 2004
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PS: volta, Cyndi Lauper, que estás perdoada.
Segunda-feira, 17 de Maio de 2004
Apraz-me que no telejornal se faça, agora, uma voraz crítica aos ridículos e ofensivos "benvidos" (relativos ao Euro 2004) que a Câmara Municipal de Lisboa fez espalhar pela cidade. É bonito, quase tocante, ver a nossa língua defendida, em pleno horário nobre (note-se). Mas dá-me vontade de pensar que não se está, na realidade e em primeiro lugar, a defender uma língua, mas a criticar uma câmara (na pessoa ou não de um presidente que abre caboucos ao desbarato, é indiferente).
Esta câmara, na pessoa de alguns dos seus funcionários, não deixa, também ela, de ser uma vergonha, uma analfabeta, claro, mas chateia sabermos das potencialidades linguísticas e literárias de muitos dos energúmenos que atacam as calinadas desta instituição: são os mesmos que fazem grandes festins com vírgulas entre sujeitos e predicados; são os mesmos que tiram, sem comiseração alguma, os hífenes a todos os "fins-de-semana"; os mesmos que desconhecem, total e estupidamente, as regências dos verbos, proferindo enormidades como "o doutor gosta que". Ora, está mal, faz mal e é de condenar. Dali para fora, já! Ou, então, estudem mais um bocadinho. Consultem as autoridades escritas da Língua, por exemplo. Aprumem-se.
Têm muita razão, sim senhora. Não se escreve "benvindo" nem que à mais muda das vacas lhe dê, assim de repente, para tossir, muito menos em cartazes publicitários ao Euro (credo!). Não, não. É coisa de analfabetos que não deviam ter acesso nem ao mais pobrezinho dos livros de recibos verdes, quanto mais trabalhar à frente de uma redacção... Mas também não há o direito de compactuar com as enormidades que são tornadas públicas, com o maior sorriso nos lábios de telejornalista, todos os dias, em horário nobre, para o bom português ver, registar e copiar. Está mal...
Faça-se o rastreio e eliminem-se os pólipos negros que nos transmitem as notícias, senhores!
Domingo, 16 de Maio de 2004
Sábado, 15 de Maio de 2004
«Como deixar de fumar
Tem de querer realmente deixar de fumar. Aliste as razões que o levam a fazê-lo e escolha um dia descontraído para começar. Deite fora os cigarros e evite os locais em que era tentado a fumar. Elimine as carnes vermelhas, o chá, o café e o álcool: podem levá-lo a ansiar por um cigarro. Peça ajuda aos seus amigos que o ajudem. Poderia mesmo aliar-se a um amigo. Se fuma quando está aborrecido, arranje um passatempo. Pare de uma vez, não aos poucos.»
Da colecção 101 Sugestões: "Vida Saudável"
Vá, força. Não custa nada.
A
papoilinda tem um biquini novo! Uma verdadeira maravilha.
Sexta-feira, 14 de Maio de 2004
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Quinta-feira, 13 de Maio de 2004
Então
este lindinho está de amigdalites e ninguém tem a decência de lhe ensinar a mezinha mais curandeira de todos os tempos?! Isto realmente... Cambada...
MacGuffin, querido, fazes assim: pões numa chávena almoçadeira uma colherada e meia de mel. Vais regar esta maravilhosa e perfumada substância – cujas propriedades curandeiras são de todos conhecidas – com um nadeca de sumo do limão lá de casa, até que a mesma fique submersa neste líquido irrigador da mais preguiçosa artéria. Por cima desta sublime conjugação, pões água a ferver. Nada de encher a chávena, por favor; é só um nadeca, suficiente para que o mel fique diluido.
E pronto. Nem te desejo as melhoras, porque são óbvias.
advertência: renegar, nestas alturas, os antibióticos e os antipiréticos pode ser fatal. Esta mezinha é para ser tomada como complemento.
Quarta-feira, 12 de Maio de 2004
Barcelona – cidade para onde iria viver já amanhã – oferece-nos, até 26 de Setembro, o
Forum Universal das Culturas. De debates, a concertos, a cidade emanará, nestes dias, cheiros ainda mais cosmopolitas.
Emerge a evidência: urge fazermos as malas e pormo-nos a andar daqui para fora. Todos à Catalunha!
Terça-feira, 11 de Maio de 2004
Um presente adiantado, neste dia de aniversário póstumo. Dalí, se estivesse vivo, faria 100 anos. Mas não está.
Olha que
vestido novo tão rico e vistoso, hein? Sim, senhora.
Fashion.
É engraçado, mas há duas palavras que, ultimamente, têm convivido comigo todos os dias: privacidade e expectativa.
A privacidade vem agora à baila a propósito de tal frase que o
Piano escreveu e com a qual concordo, se bem a percebi: «Num blog é-se exímio guardando a privacidade». A questão parece ser – e neste ponto dou absoluta razão ao meu querido, precioso e sábio amigo Miguel, e subscrevo-o na totalidade – o que é a privacidade, afinal de contas? Para que serve, exactamente? E – aqui, paro um segundo para, enquanto faço a devida citação, dobrar-me à merecida vénia –, mais importante de tudo, «sobre o que podemos falar sem corrermos o risco de estarmos a ser indiscretos?» Quem sabe esta? Por certo, nunca saberemos quando conter-nos, o que realmente conter e para quê conter, raisparta. Parece-me que tudo depende de cada um, do modo como cada um de nós conceptualiza a privacidade e do modo como cada um categoriza aquilo que ouve. Parece-me.
Para a Maria, falar do namorado em público ou desbocar-se acerca do ordenado que ganha por mês será de uma indiscrição atroz, despropositada, inconcebível, constrangedora. Ela cala-se. Terá a sua razão, como é óbvio. Pelo menos de acordo com a minha categorização de privacidade. Mas e o Henrique? Que é simpeslmente o maior desbocado de todos os tempos. Por que não pode ele bradar aos céus aquilo que bem lhe apetece acerca da respectiva vida sem que a plateia o considere um palhaço? (lá está, discreta, na minha historieta, é a menina, e o menino ponho-o desbocado. sou cá de uma imparcialidade...)
Ai! ai! E o que fazer quando sabemos de algum pormenor sórdido acerca do nosso amigo, que por acaso envolve outro amigo nosso, que está a par desse mesmo pormenor? Se eu contar ao meu amigo que não sabe, estarei a violar a privacidade do outro que sabe e que está também envolvido? É complicado, claro. Eu, cá de mim, preferiria não saber de nada, e esta é a verdade. Mas o que será correcto quando se tem a informação na mão? Volto à mesma: depende, claro está. Será que tem a ver com maturidade? Não, não. Poder de decisão? hum... Destreza de raciocínio? hum...
Segundo muita gente, o mundo perfeito seria aquele onde nos entenderíamos no que à conceptualização da realidade de cada um diz respeito; o sublime seria termos a capacidade para nos posicionarmo-nos no outro e percepcionarmos as suas verdadeiras intenções, sem nunca nos chatearmos ou julgarmos. Isto é possível? Epá, acho que não.
Sumarizando, o que realmente me faz espécie acerca da privacidade é o seguinte: há só uma? Mesmo quando não envolve terceiros, ela é só uma? Para que é que isto interessa, na realidade?
Adenda: a expectativa fica para amanhã. É que nem tenho a mínima hipótese...