Terça-feira, 27 de Abril de 2004
É só um minutinho, que vou ali ver o render da guarda e já venho.
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The Dante's Inferno Test has banished you to the Sixth Level of Hell - The City of Dis!Here is how you matched up against all the levels:
Take the Dante's Inferno Hell Test
Dissertando acerca de EEPAA (5)Respondemos "sou a própria" ou "sou a batukada" (ou "sou a
Carla" ou "sou o Alberto Inácio" – dá para todos os nomes) quando nos perguntam "é possível falar com a batukada?" ou "passa-me à batukada, por favor?" ou "a batukada está?". Que é como quem abrevia "
pode sim, é claro que pode, sou eu que estou deste lado e tudo, eu é que sou a batukada, a própria" ou "
está, sim, é claro que está; está de tal forma que nem imagina: eu é que sou a batukada, a própria". Seria errado responder "
*pode sim, é claro que pode,
é eu que estou deste lado,
eu é que é a batukada". E, portanto, "é a batukada" (abreviatura, ou coisa que o valha, desta traquitana toda), como resposta às perguntas atrás descritas, não parece ser muito correcto.
Ao mal-educado "quem fala?" devemos sempre ripostar com um delicado "com quem deseja falar?". Assim acabam-se os problemas. Se nos respondem "com a batukada", logo lhe transmitimos um valente "sou eu" ou "sou a própria", que é como quem abrevia "eu é que sou a batukada" e por aí fora. O que vai dar precisamente ao mesmo: a
Charlotte está mais que certa quando acusa o erro, e o Alberto Inácio teria fortes probablidades.
Significa, pois, que não precisamos de utilizar terceiras pessoas do singular para falar de nós próprios. É feínho e tresanda a Mário Jardel.
Espero ter ajudado, sempre com a ressalva de que posso não ter estado atenta a um outro pormenor científico.
Segunda-feira, 26 de Abril de 2004
Tenho a consciência cabal de que este é um assunto susceptível de espoletar bastante polémica, digno de lutas verbais incansáveis, ofensivas e perigosas. Acontece que esta é a altura ideal para reafirmarmos a nossa liberdade de opinanço. Por isto, cá vai e sem medos: a inclusão e respectiva definição dos sufixos nos dicionários é conditio sine qua non para que estes (os dicionários) sejam verdadeiras obras lexicográficas. Caso contrário, não passam de charlatões desnecessários. Quem acredita no contrário até pode ter a sua legitimidade, mas está tão enganado que nem imagina. É que está tão enganado...
Domingo, 25 de Abril de 2004
Em tempos de desesperança, acusemos a magnânima reversibilidade.
Sexta-feira, 23 de Abril de 2004
Mais uma utilidade deste lembrete que é o Dia Mundial do Livro: ele é descontos de 20% por todos os lados! Iupi!
Todos aos saldos dos livros, toca a andar.
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Na realidade, os dias mundias das coisas em geral não me fascinam. A função de simples lembrete autocolante que estes dias insistem em ter não augura nada de bom e confina o alvo que se comemora ao esquecimento, logo no dia seguinte. Se me perguntarem qual o dia mundial disto e daquilo, não sei – tenho mesmo a sensação de que todos são rotativos; nunca calham aos mesmos dias. E, ao fim e ao cabo, o que é que interessa? O que é que muda com estes dias mundiais, afinal de contas? Talvez os sentimentos, não sei...
É que neste dia mundial de hoje sinto-me diferente. De repente, apetece-me sair para a rua – e então hoje, que o sol resolveu fazer uma festa e espirrar amarelo-forte por todos os poros – e ir para uma feira do livro qualquer. Há-de haver bancas com livrinhos ao livre no dia de hoje, não há-de? Quer dizer, dão-me muitas vezes estas ganas, mas hoje pá... Demais. Quase me leva a assumir que a função de lembrete até tem o seu quê de pertinente.
Para mim, não existe sensação mais prazerosa – na medida do possível, claro – do que descobrir livros, desbravar histórias, aprender com os raciocinios de bravos e ilustres, identificar novas estruturas sintácticas, regozijar com jogos de palavras, com filosofias encaminhadoras e condutoras. Não há burburinho interno que se assemelhe ao que sinto quando, de oito em quinze dias, trago mais uma peça literária para as minhas estantes. É um burburinho diferente, o do dia mundial de hoje.
Estou enormente obrigada à existência de todos aqueles que escrevem coisas boas e que tanto me ensinam. Sai uma vénia.
Hoje, vou comprar um livro. Não por ser o seu dia mundial, mas porque faz hoje precisamente 15 dias que comprei o último livro e porque me apetece, basicamente. Para hoje, nada de ensaios. Será um romance. Quero aconchegar-me nas doces histórias de
Carmen Martín Gaite. Sai outra vénia para esta senhora, se faz favor.
Lá vou eu à demanda.
Quinta-feira, 22 de Abril de 2004
Apetece-me uma lista de coisas que passo a enumerar: um biscoito de leite, um biscoito de canela, um biscoito de limão, um biscoito de mel, um biscoito de maçã – que sejam estaladiços, rijos, redondos, cilindricos e quadrados – e uma sandes de queijo fresco com orégãos.
Apetece-me, igualmente, e se a imaginação me permite, um copinho de leite morno a acompanhar esta satisfação toda.
Portanto, hoje estou esfomeada, fenómeno explicado, e muito bem, por Descartes*, no seu tão preciso, aclamado e famosíssimo Discurso do Método. O pâncreas que me perdoe, mas vou ali passar na padaria antes que me passem as vontades.
Ai vou, vou...
*não me alargarei nunca, neste lindinho, acerca de Descartes, por motivos de saúde.
Quarta-feira, 21 de Abril de 2004
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.....larailara laiá laiá laiara... laia laia laiara quero de novo cantar[ai, Tôco...]
lárailára laiá laiá laiara... laia laia laiara quero de novo cantarToca-me no coração que eu gosto. Vezes sem conta, por favor.
Matuto, matuto e matuto e só me ocorre uma coisa: de que forma, em que sentido e sob que ponto de vista é a valorização das pessoas feita através da educação? Juro que não percebi. Eu sou tão educadinha e nem por isso... cala-te, boca.
Terça-feira, 20 de Abril de 2004
E depois há aquelas coisas estranhíssimas e aconchegantes como os
sentimentos mútuos.
Já para os lindinhos!
...
I think not, mister.
Segunda-feira, 19 de Abril de 2004
.......
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(zero)
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...
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(e pouco mais)
...
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Domingo, 18 de Abril de 2004
E depois de uma revogação, duas parabenizações:às muy ricas
Papoila e
Crónicas Matinais.
Muitas salvas de palmas e beijinhos!
Das frases que mais fujo e evito é, precisamente, a irritante "nunca digas nunca". É frase que não é bonita, é desarranjada foneticamente e, na maioria dos casos, aquando ouvida, deita por terra toda uma série de argumentos que, em tempos, foram convicções, o que é humilhante e desnecessário. Se, por um lado, considero mais que certo o risco que há em se dizer "nunca", acredito, por outro lado, ser absolutamente necessário ter a convicção de que "NUNCA" mesmo! É preciso é existirem as razões certas.
Está a escrever uma miúda – eu – que já passou por isto alguma vezes e algumas vezes tomou este recuo, este erase and rewind, ou coisa que o valha, como uma coisa má, reveladora de uma falta de precisão, de coerência, de princípios e de, principalmente, carácter. Hoje, não acho que seja nada disso, pá! Acho bonita a capacidade humana do "afinal não é nunca, é mesmo assim, pelo menos hoje". Até pode ser por descargo de consciência, mas acho bonito mesmo.
"Eu nunca mais farei ou direi ou sentirei tal coisa", "eu nunca mais falarei com x" ou contundências como "eu nunca mais apertarei a mão a nenhum membro do governo x, que por acaso é o governo vigente, por ter, em 1992, excluído o meu livro" fazem todo o sentido naquele momento e é bom que sejam proferidas com muita força e crença absoluta. Urra! Mas se depois se reúnem todas as condições para deixar de o ser assim, só faz sentido passarmos à frente para outra convicção ainda mais lindinha.
Então não é tão precisa e humana e crescida e valente esta revogação do nunca? Eu adoro...
Sábado, 17 de Abril de 2004
«Se petiscar, prefira alimentos saudáveis
Petiscar constitui um mau hábito que deve tentar evitar. No entanto, o que come entre as refeições é mais importante do que o facto em si de petiscar ou não. Doces, bolachas, batatas fritas, chocolate e bolos são ricos em calorias, açúcar refinado e gorduras saturadas. Por isso, se petiscar, prefira uma peça de fruta fresca, um legume cru ou um iogurte, que lhe fornecerão valiosas vitaminas, minerais e fibras. Beba sumo de fruta como alternativa às bebidas com açúcar.»
da colecção 101 Sugestões: "Vida Saudável"
Fossem gozar com outro...
Sexta-feira, 16 de Abril de 2004
Anda aí um
danadinho para me ver cuspir postas de pescada, aqui no meu lindinho, acerca da história
boriiiing do revivalismo dos anos oitenta, mas eu não lhe faço a vontade. Primeiro, porque não discuto com grandes amigos que gostam de Toy Dolls; segundo, não discuto com grandes amigos que gostam de Toy Dolls; terceiro, porque não discuto com grandes amigos que gostam de Toy Dolls. Hoje apanhaste-me com as unhas pintadas de vermelho-vivo e muito temperamental.
Estoy muriéndome de pena...
Parece que o jantar vai ser regado com uma colheita muito boa, vamos lá a ver. O som que o vai acompanhar? É mais que óbvio...
Amaaaaaaaaaaaaaaaaado mio
Love me forever
And let forever begin tonight
Amado mio
When we're together
I'm in a dream world
Of sweet delight
Many times I've whispered
Amado mio
It was just a phrase
That I heard in plays
I was acting a part
But now when I whisper
Amado mio
Can't you tell I care
By the feeling there
'Cause it comes from my heart
I want you ever
I love my darling
Wanting to hold you
And hold you tight
Amado mio
Love me forever
And let forever
Begin tonight
Many times I've whispered
Amado mio
It was just a phrase
That I heard in plays
I was acting a part
But now when I whisper
Amado mio
Can't you tell I care
By the feeling there
'Cause it comes from my heart
I want you ever
I love my darling
Wanting to hold you
And hold you tight
Amado mio
Love me forever
And let forever
Begin tonight
And let forever
Begin tonight
And let forever
Begin tonightPink Martini!
Avisto uma sexta-feira-à-noite dura...
Que bommmmmmm! Amanhã vai chover, iupi! E digo mais: IUPI! Ah... Digam lá o que disserem, não há nada melhor do que um piquenique à chuva. E esta é que é esta!
IUPI! lailailai...
Quinta-feira, 15 de Abril de 2004
O meu querido não me confunda uma coisa dessas, pela sua saúde! Olhe que até pode ser perigosinho... Receba um beijinho desta batukada limpa de ambiguidades.
(o que será feito do Magnusson, já que o menciona? não me lembro de ele ter envelhecido. mas aposto que era muito mais charmoso nos anos 90...)
Minha querida, muitos beijinhos saudosistas para ti!
A verdade é que não consigo escapar das coisas que me enfastidiam. E, a este ponto, são algumas. Sinto a pachorra e a tolerância a escaparem-me pelas mãos, o que não me incomoda, curiosamente. É certo que me atormenta a possibilidade de vir a ser uma negligente seca e arrogante para com as pessoas de quem gosto, mas ao mesmo tempo não quero estar presa nas teias dos sentimentos dos outros.
Juro, às vezes passa-me pela cabeça que a minha liberdade começa ao mesmo tempo que a minha negligência. Então congemino: ai é? ai é? então espera lá que já me apanhas... Lá vou eu para a minha negligência livre. Ah! sabe bem, caramba!
Hoje estou assim, negligente...
Quarta-feira, 14 de Abril de 2004
Apresentando Mood Swing
(...)
you're the swinger who brings me doubt
loverboy where you comin' from
down there, out back always on the run
cool, cool, deep blues
you're the shine on my shoes
is it in the damp heat inside of me
or is it in the fire that we collide
i feed you mood swing
but you're never satisfied
is it in the damp heat inside of me
or is it in the fire that we collide
i feed you mood swing
but you're never satisfied
mood swing i can't let you win
you bring me up,
you bring me down
mood swing i can't give in
to your subtle wiles
and your endless milesLuscious Jackson
Que raio... Onde é que andam os gira-discos internéticos quando mais precisamos deles, hein?
Hoje, apetece-me ser dependente.
Tenho tanta queda para a dependência que me assusto. Mas, alto lá, não é aquela dependência irmã gémea da falta de individualidade! Isso é que era bom... É aquela depência intemporal. Aquela da companhia e do aconchego. Aquela do "abraça-me, por favor, antes que eu te bata".
É isso mesmo que vou fazer. Hoje vou ser mega dependente. Amanhã, logo se vê.
Com toda a vénia e devoção.
Terça-feira, 13 de Abril de 2004
Se há coisa a que de início achava muita piada e que agora acho muito mais-ou-menos a cair para o tem-dó-de-mim, é o raio do revivalismo. O revivalismo dos anos oitenta de que tantos falam e que muitos aclamam. Bom, não quero desprestigiar tão douta época (olha os The Cure, pá!), mas é que faço o exercício de voltar para trás e o que é que eu vejo? Vejo-me com uns sapatos que tinham uma chapa metálica na ponta e vejo-me com uma poupa segura por quilos de laca (e não menciono, por vergonha, os posters que tinha na parede); avisto, igualmente, As Meninas Exemplares da Condessa de Ségur na minha mesa de cabeceira e vislumbro o Lecas na televisão. Não é bonito.
Ora bem, não é que olhar para a frente para o concerto do Fat Boy Slim a que vou ter de assistir me faça saltitar de felicidade, que não faz. Mas mil vezes ver esse velhote (sim, sou imberbe) do que a deslavada da Tiffany a cantar nos supermercados! Que os deuses me perdoem, mas mil vezes a audácia e o rock mortífero dos anos noventa do que a piroseira e a pop levezinha dos oitenta. Digo eu, que nada sei.
Ah, pá...
Portanto, brindemos!