
As pessoas não sabem andar de metro. Velhos, novos, medianos: desconhecem em absoluto aquele que deve ser o modus operandi metropolitano, nas suas diversas nuances. Não sabem coisas básicas como o facto de terem de estar bem seguros no percurso da Alameda a Arroios, dado existir um solavanco fortíssimo dez segundos antes de chegar a Arroios; desconhecem que não podem falar ao telemóvel do Campo Grande à Cidade Universitária, porque a meio perde-se a rede. Desconhecem, porque caem e gritam e caem e gritam e gritam e caem e gritam à mínima oportunidade. Não é fácil.