Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor. Eu não quero ver você chorar veneno, não quero beber o teu café pequeno. Eu não quero isso seja lá o que isso for. Eu não quero aquele, eu não quero aquilo. Peixe na boca do crocodilo, braço da vênus de milho acenando ciao.
Não quero medir a altura do tombo. Nem passar Agosto esperando Setembro. Se bem me lembro, o melhor futuro este hoje escuro. O maior desejo da boca é o beijo. Eu não quero ter o Tejo me escorrendo das mãos. Quero a guanabara quero o rio nilo, quero tudo ter: estrela flor estilo, tua língua em meu mamilo, água e sal. Nada tenho vez em quando tudo. Tudo quero, mais ou menos, quanto. Vida vida noves fora zero.
Quero viver, quero ouvir, quero ver.
Zeca Baleiro, brasileiro, aqui nitidamente a cuspir postas de pescada.