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... que situação.
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Pode repetir, por obséquio?
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Ando, obvimente, e dadas as circunstâncias, em fase de apalpação da fucking tevê cabo. Além dos calos que ganhei nos dedos graças ao zapping compulsivo (consigo rodar os 40 canais em menos de um minuto e saber tudo o que está a passar), devo mencionar os dois programas que tenho seguido com mais assiduidade: o da Tyra Banks, no canal Sic Mulher, e as comissões parlamentares, no canal AR (Assembleia da Republica). Relativamente ao primeiro: meu deus, sou sado-maso... Ao segundo: exacto, sou sado-maso e sopeira também. Eu sabia (I knew it) que isto não ia dar certo.
(dias mais tarde...)
– Roger?
– Câmbio.
–...não, Roger. O Roger, que andou com a mulher do Ayrton Senna. Esse era giro de certeza.
– Deixa-me googlar.
(googlando)
– Hum... não é giro. É mesmo feio. Realmente... É que eu podia estar a exagerar, mas o Benfica não teve mesmo giros até ao Aimar. Que situação...
– Ai sim? Que engraçadinha... Espera lá que eu vou fazer uns telefonemas. Depois logo te digo como elas doem.
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I star-ted dri-ving on the moooootorway!
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Rockabye Baby, as melhores músicas de rock para os nossos bebés. De Tool a Nirvana; de Nine Inch Nails a Pixies, passando por Queens of the Stone Age e Radiohead; o delírio total e absoluto, no fundo. Com myspace e tudo. Men... É mesmo bom viver neste século.
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(11h 24 m, por sms:)
– O Nené era pintas.
(resposta imediata:)
– Mas era giro?
(a aguardar resposta)
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Lisboa, oito da manhã do dia de hoje:
– Amor, antes do Aimar, o Benfica já tinha tido algum jogador giro?
(a aguardar resposta desde então)
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Creio, contudo, que está na altura de visitarem o cardápio da Undergrave Productions. Em Setembro, por exemplo, trazem cá os Mary Onettes. Em Novembro, por sua vez, presentear-nos-ão com os Infadels. E tudo tanto em Lisboa quanto no Porto. Se isto não é profissionalismo, o que será.
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No espaço de menos de um mês, cairam-me dois velhos em cima. Assim: trau, sem eu ter tempo para pensar sequer quem era e para onde ia. Um, praticamente me partiu a clavícula; outro, trucidou-me os pés. E acho que não tenho mais nada para dizer sobre este assunto.
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O vizinho que ocupa a facção que está por cima da minha não está a ver bem. Todos os dias, das sete às sete e cinquenta da manhã e depois das dez e quarenta às onze e vinte e cinco da noite, esta pessoa põe, em modo berreiro, a rádio Orbital a bombar. É um massacre. Um chainsaw massacre sem explicação. Tenho, por exemplo, descoberto remisturas, sei lá, do Ennio Morricone com a Dulce Pontes. Será tunner? Será gente? Gente não é certamente, e o tunner não bate assim. Ainda não fui ver, mas conto dar de caras com o ovário muito em breve para lhe poder explicar a situação.
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Logo à partida, Manel. Tá? E manda lá um grande beijinho à tua mãe e ao teu pai.
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…muita coisa mudou, desde a última vez. Não me peçam é para votar durante os próximos tempos, dado não ter ainda actualizado a minha situação relativa aos recenseamentos.
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Pus o carro à venda e adquiri o passe social. Além disto, aderi à fucking tv cabo. Sou, desde sexta-feira dia 4, e oficialmente, uma cidadã do mundo, das comunidades e dos pólos.
*de uma música do cantautor Samuel Úria.
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Mudei de casa pela segunda vez na vida e sinto-me cada vez mais profissional no exercício da mudança. Pus batentes transparentes em todos os encostos reais e imaginários, por exemplo.
Mudei de casa.